Em época de eleição, todo mundo vê e sabe que os cabos eleitorais estão por todo lado.
Uma novidade, entretanto, é sua presença nos blogs e no twitter. Não há candidato sem cabos eleitorais nesses instrumentos.
E como eles operam? É muito curioso, por exemplo, ver o twitter reproduzindo, copiando, simulando a mesma linguagem empregada nos chavões eleitoreiros, nas faixas de rua, enfim nas antigas práticas politiqueiras do Brasil.
Pergunta trivial: quanto ganham? É legítima tal atuação, fazer campanha em sites da internet?
Por exemplo, faz isso o @_Betowitter, um twitter ligado ao candidato Beto Richa, do PSDB do Paraná. Qualquer leitor constata lá a presença de um cabo eleitoral, pelos motivos seguintes: a página existe exclusivamente para a campanha, todo o conteúdo opera voltado ao candidato, não há discussões, apenas motes e chavões eleitorais, com palavras de ordem e fórmulas de rápida (?) memorização (?).
Perguntamos ao _betowitter quanto ele recebe para fazer campanha. A primeira resposta foi: "um estado melhor!" E apertando um pouco mais, vem a pérola, digna de um "novo Paraná" (sic):
Todo mundo sabe que um cabo eleitoral recebe fazendo campanha. Mas… e quando se trata da internet e o cabo eleitoral nega (ou não esclarece ou responde desse modo), como isso deve ser lido?
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E talvez alguns leitores se lembrem de antigas discussões entre Idelber Avelar e alguém que deveria ser José Agripino.
Primeiramente, utilizavam o próprio twitter do político para responder em nome de Agripino. Depois, um dos escritores, auto declarado "filósofo", confessou tratar-se de cinco escritores, na verdade assessores do político. Com as críticas, geraram outro twitter chamado "equipe Agripino".
E essa equipe? Em que consiste? Quais são suas atribuições? E o twitter, enquadra-se em que tipo de atribuição?
Seria interessante ler a resposta, ainda mais sabendo que o mesmo endereço que servia a assessores hoje faz campanha para o candidato.
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A minha resposta para eles é não votar no playboy. Que Deus tenha piedade do paraná (assim mesmo, com minúscula). Sai uma administração porca e entrará outra pior ainda. Para governador, votar em quem?
“Insolente”, hahahahaha