(…) Se há uma coisa que sei, é que o 1% adora uma crise. Quando as pessoas estão desesperadas e em pânico, e ninguém parece saber o que fazer: eis aí o momento ideal para nos empurrar goela abaixo a lista de políticas pró-corporações: privatizar a educação e a seguridade social, cortar os serviços públicos, livrar-se dos últimos controles sobre o poder corporativo. Com a crise econômica, isso está acontecendo no mundo todo.
Só existe uma coisa que pode bloquear essa tática e, felizmente, é algo bastante grande: os 99%. Esses 99% estão tomando as ruas, de Madison a Madri, para dizer: “Não. Nós não vamos pagar pela sua crise”. (…)
Na Carta Maior. Tem um pouco daquele velho tema de que, a despeito da importância óbvia, nos EUA tudo é o mais importante do mundo (alguns Bouazizis contestariam: por que melhor?)
Mas a citação e o texto acima mostram como a idéia da "Doutrina do Choque" também se aplica, com notável desfaçatez, nesse caso.