Sobre

CATATAU?

O Catatau é um blog criado por  acaso (mas nem tanto), em março de 2006, diretamente no Blogsome/wordpress. Mas também é um romance experimental de Paulo Leminski, em que o autor imagina Descartes vindo ao Brasil junto à missão de Mauricio de Nassau. O filósofo francês, frente à multiplicidade tupiniquim, acaba encontrando seu próprio pensamento imerso nesse mundo ‘desrazoado’. Mais do que curvar essas paragens à racionalidade européia, Leminski cria um cenário no qual o próprio Pensamento por aqui se fragmenta em mil direções possíveis. No livro de Leminski, a figura de Descartes e do Brasil fazem um jogo entre o Mesmo e o Outro, entre o conhecido e o desconhecido, o real e o possível… O blog tenta mais ou menos brincar com essa idéia.

No fim das contas, esse Catatau pretende realizar apenas algumas conversas de botequim e tertúlias entre amigos. Qualquer interlocução é muitíssimo bem-vinda. Já conhecemos bastante gente nesse início de blog, e muito já aconteceu. Mas ainda há muito a aprender e a conhecer. . .

Quanto aos temas, no fim das contas, como coloca o Giornale Nuovo, “tudo é miscelâneo”. Algumas categorias buscam pontuar a curiosidade, mostrar certos temas um tanto dispersos, mas reunidos na idéia mais geral exposta acima. Esperamos que essa “miscelânea” seja uma boa troca com o leitor, em meio a posts que vão de comentários sobre obras originais, até conversas sobre o que teve no jornal de ontem.

Como diz o BibliOdyssey, “Caso pareça que sei tudo, então os espelhos estão funcionando“; o que mais faria um blog, senão um jogo de espelhos? Tudo o mais é uma questão de felizes affectus.

A palavra “catatau”, de origem provavelmente onomatopaica (o ruído de uma queda?) exibe inúmeros sentidos em português e em brasileiro.

Em portugal, como regionalismo, pode significar “uma surra”, uma “determinada carta do baralho”, até “pênis”.

No Brasil, designa tanto uma coisa grande (um catatau de papéis) quanto uma coisa pequena (um nanico, um baixote).

Na Bahia, existe a expressão “feio como o catatau”.

Designa ainda  “zoada”, “discussão”. E pode significar “uma espada velha”.

A multiplicidade de leituras o Catatau já traz inscrita na própria multiplicidade de sentidos de que é portador seu próprio nome, uma das palavras mais polissêmicas do idioma.

LEMINSKI, Paulo. Catatau (Texto/Edição Crítica e Anotada). Curitiba: Travessa dos Editores, 2004.

CONTATOS

via comentários,  guestbook ou email para

catatando[arroba]gmail[ponto]com

SOBRE O AUTOR 

Catatau é formado em Filodoxia na Universibardo Pernambuco. Sua tese, intitulada “Crítica da Razão Futebolística”, foi aplaudida em toda a Instituição, e seguida de discussões sobre Ética e Estética do Etílico.

Atua em diversas áreas, especialmente mitologia brasileira – a partir do Saci -, assuntos germânicos (questões relativas a Schwarzwald), e informártica (pelo Firefox). Aprecia tanto as Arcadas, quanto o Barroco, e assuntos de economia alimentar próxima a ruínas antigas.

No momento prepara um livro, intitulado “Fundamentação da Metafísica dos Comensais”.

RECONHECIMENTOS

O blog foi finalista no prêmio The Bob´s – DeutscheWelle 2006 na categoria “melhor blog em língua portuguesa”

3 comentários em “Sobre

    1. Olá Karla! São 3 anos para essa minha resposta, espero que estejas bem.
      Sim, aguardando ainda boas traduções do Blanchot, rsrs
      Espero revê-la por aqui.
      Abraço!

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