Morreu de calor, morreu de sede etc.

A jovem de Rondonópolis que morreu de calor no show de Taylor Swift, no Rio de Janeiro, não é apenas uma notícia: é algo sobre o que já sabemos e também um prognóstico do que virá.

A morte facilmente ocasionada é, em primeiro lugar, uma espécie de espelho do que ocorre no Brasil nos últimos anos, e não me refiro ao desleixo do brasileiro para com a violência. Durante a pandemia milhões de pessoas preferiram cair nas lorotas do Whatsapp ao invés de pressionar o governo para que recebêssemos um auxílio emergencial digno (como ocorreu em países avançados). Criava-se o falso dilema entre “liberdade e saúde” para fazer com que as pessoas não se sensibilizassem às contaminações e mortes.

Esse “deixar morrer” generalizado não é nenhuma novidade.

Em segundo lugar, se o brasileiro adora dizer que é empreendedor, esse é mais um daqueles casos do empreendedorismo à brasileira. Ir a um lugar no qual só se pode comprar a água dos organizadores, ou encontrar locais com relações de privilégio é uma marca bem nossa.

Some-se isso tudo ao calor que virá e…